Uma boa organização é resultado de ótimas padronizações

24 de julho de 2015

Ao chegar em um restaurante, a primeira observação feita, pela maioria das pessoas é analisar como se determina o ambiente do local. Logo após, conferir o cardápio e as iguarias oferecidas pelo recinto gastronômico. Até ai tudo normal. Porém, uma pergunta fica no ar. Porque tantas averiguações?

Sua resposta é clara e bem analítica. A associação dessas duas características determina a padronização que o restaurante segue. Ela pode ser observada em outros campos, como na uniformização dos funcionários, formato de atendimento, apresentação das composições alimentícias, etc.

No olhar do cliente, estandardizar um segmento transmite limpeza, disciplina, sistematização e respeito. Muitas áreas colaborativas no Brasil vêm, a cada dia, empregando essa doutrina como forma de estratégia para impulsionar funcionários e gerar maior credibilidade externa.

Para o olhar do empresariado, o ruído comunicacional entre empresas atuantes numa determinada área se torna quase inexistente quando todas agem com uma política externa igualitária, por exemplo, no valor cobrado sobre o açúcar, ou qualquer outro utensílio.

Esferas até inexpressivas, ou pouco conhecidas, adotam também essa estratégia. Um exemplo são as empresas armazenadoras de mercadorias e produtoras de paletes. Nesses dois núcleos, existe uma regra que interage ambos para uma mesma convergência: O formato ideal de conservação e movimentação de paletes artigos no Brasil, chamado de palete pbr.

Uniformizar cadeias produtivas é diminuir erros e alavancar vitórias.

Em 1990, estudantes do instituto de pesquisas tecnológicas da universidade de São Paulo (IPT-USP), em parceria com o comitê permanente de paletização (CPP) desenvolveram uma norma simplificando as regras necessárias para a composição de um palete seguro, barato e eficiente.

Durante os anos antecessores ao lançamento dessa norma, muitas empresas na área dos hipermercados perdiam vários estoques de produtos por conta de paletes ruins. Muitos se quebravam, outros desgastavam-se rapidamente, não podendo ser reutilizados. Tinha até alguns que não demonstravam nenhum dos problemas acima, mas sua composição afetava na embalagem do produto e na qualidade em si do conteúdo inserido nele.

Observando esses ruídos, a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) resolveu propor o desenvolvimento de uma normatização em torno das produções de paletes no país. De início, tal pedido gerou polemica e confrontos, mas foi por pouco tempo.

Atualmente, as empresas de logística, grandes responsáveis pelo zelo das mercadorias, e os próprios supermercados brasileiros são vistos como um dos melhores do mundo quando o assunto é armazenamento de produtos. Esse “titulo” é associado, diretamente, as empresas produtoras de paletes e a unificação de sua ideologia manufaturada. Porém, não é qualquer companhia que consegue esse triunfo.

Rigor na análise do produto final, característica diferenciadora da padronização de palete PBR.

Quando essa padronização foi criada, em 1990, junto com todos os artigos que a compõem, um foi destacado em especial. Qualquer empresa pode produzir paletes, mas seu produto só poderá ter o carimbo de certificação palete pbr se o mesmo seguir as normas vigentes no documento oficial, tendo o timbre da CPP (comitê permanente da paletização).

pbrPara conseguir esse carimbo de autorização, é necessário o produto passar por um processo exigente de auditoria, realizado pelo IPT-USP (Instituto de pesquisa e tecnologia da universidade de São Paulo). Muitas empresas não conseguiram angariar triunfos sobre essas verificações, tanto que apenas 40% das empresas de paletes produzem o artefato em formato pbr.

Conclusão do caso:

Portanto, um dos princípios básicos para declarar se determinado segmento industrial fomenta qualidade, credibilidade e disciplina na produção de suas mercadorias é observando a existência de padronização em sua totalidade. Algumas áreas demonstram alguns déficits ainda, mas já mostram que estruturaram uma forma normativa de concepção manufaturada, algo que várias esferas ainda nem começaram a estudar.

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